Apesar de sua grande importância, a saúde dos
solos enfrenta constantes e crescentes desafios. 33% das terras do Planeta
estão degradadas, seja por razões físicas, químicas ou biológicas, o que é
evidenciado em uma redução da cobertura vegetal, na diminuição da fertilidade,
na contaminação do solo e da água e, devido a isso, no empobrecimento das
colheitas. O fato de que o solo não é um recurso renovável faz com que a sua
preservação seja um desafio ainda mais urgente: um centímetro de solo pode
levar milhares de anos para ser formado e este mesmo centímetro pode ser
destruído em somente alguns minutos por uma degradação devido ao manejo
incorreto. A degradação dos solos tem um impacto negativo em muitas de suas
funções como na produção de alimentos e na prestação de serviços ecossistêmicos
e suas principais causas incluem a erosão hídrica, a aplicação intensa de
agrotóxicos e o desmatamento.A degradação também está associada com a pobreza:
40% das terras mais degradadas do mundo estão em zonas com altos índices de
pobreza. Os agricultores pobres têm menos acesso a terra e à água, trabalham em
solos pobres e com uma alta vulnerabilidade à degradação.
Mundialmente, 12% das terras são utilizadas para
cultivos agrícolas (1,6 bilhões de ha); 28% (3,7 bilhões de ha) correspondem a
florestas; e 35% (4,6 bilhões de ha) correspondem a pastagens e outros sistemas
florestais.
Durante o ano de 2015, a FAO trabalhará com
os governos, as organizações da sociedade civil, o setor privado e todas as
partes interessadas para alcançar o total reconhecimento das importantes
contribuições dos solos para a segurança alimentar, a adaptação às mudanças
climáticas, os serviços essenciais dos ecossistemas, a mitigação da pobreza e o
desenvolvimento sustentável.
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